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segunda-feira, 24 de maio de 2010

VACINAÇÃO É PREVENÇÃO



O nome vacina, conferido às substâncias que imunizam o organismo contra certas doenças, surgiu no século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner, após inúmeras observações, percebeu que pessoas que conviviam com vacas adoecidas pela varíola e possuíam ferimentos tais como esses animais, não eram contagiados. Assim, injetou o pus dessas vacas em um menino saudável e, tempos depois, apesar das reações adversas, foi inoculado com a varíola humana e não adoeceu. Durante vários anos aplicou o pus das feridas dos adoecidos em inúmeras pessoas, imunizando-as da moléstia. Em sua publicação, que deu origem ao nome “vacina”, Jenner usou o termo “varíola da vaca” em latim: "variola vaccinae” que, com o tempo, acabou popularizando o termo “inoculação da vacina”. 
Em alguns locais, como na França e no Brasil, a obrigatoriedade da vacinação provocou alguns curiosos conflitos: em 1805, Napoleão Bonaparte obrigou que todos seus soldados fossem vacinados, o que gerou insatisfação e rebeldia contra essa ordem do Imperador. Outro conflito, porém mais recente, foi a “Revolta da Vacina”, ocorrida em 1904, no Rio de Janeiro, quando o então presidente Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz, pretenderam executar uma grande empreitada sanitária a fim de “modernizar” e higienizar a região. Consistia em retirar as pessoas das ruas, declarar guerra aos mosquitos, ratos e outros animais “maléficos”, obrigar a população inteira a vacinar contra a varíola, criando, inclusive, a Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de outubro de 1904. A reação popular a essa obrigatoriedade foi extrema: pedradas, protestos, incêndios, dentre outras formas de revolta, que fizeram com que o governo revisse a determinação legal. Hoje, sem essa obrigatoriedade, a população tem consciência dos benefícios de se prevenir contra inúmeras doenças através da vacinação e toda campanha promovida pelo Ministério da Saúde é coroada de sucesso.
No dia 8 de março, começou a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 no Brasil, mais conhecido como o vírus da gripe suína, uma gripe pandêmica que atualmente está acometendo a população de inúmeros países. A campanha termina no dia 21 de maio e, nesses dois meses, espera-se que 90 milhões de brasileiros sejam vacinados.
O Ministério da Saúde informou que o objetivo da campanha não é conter o vírus, e sim vacinar as pessoas mais vulneráveis, priorizando os grupos de risco. Por indicação da Organização Mundial de Saúde, estão excluídos da campanha os bebês de até seis meses de idade, os jovens de 2 a 20 anos e adultos de 40 a 59 anos, por serem os grupos que correm menor risco. As vacinas serão aplicadas nos postos da rede pública de todo o território nacional, conforme o calendário de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde: Profissionais de saúde e indígenas –  de 8 a 19 de março; Gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 2 anos – de 22 de março a 2 de abril; Jovens de 20 a 29 anos –  de 5 a 23 de abril; Idosos (mais de 60 anos) com doenças crônicas – 24 de abril a 7 de maio e pessoas de 30 a 39 anos – de 10 a 21 de maio.
Se você está entre os que devem tomar a vacina, procure os postos de vacinação da cidade e previna-se. O inverno se aproxima e a gripe suína, com certeza, não é nada bem vinda. 

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