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luteciaesp

segunda-feira, 24 de maio de 2010

RAZÃO X EMOÇÃO


Praticamente, todos os dias,  travamos uma batalha interna ao nos depararmos com determinadas situações que confrontam razão e emoção. Seja na vida profissional ou na pessoal, as emoções, muitas vezes, nos levam a provocar situações constrangedoras, mais freqüentes quando envolvem relações sentimentais, amorosas e passionais. Quem já não presenciou brigas amorosas em público ou já não foi protagonista de um grande mico por agir impulsivamente? A todo momento precisamos controlar nossas emoções. Elas nos fazem agir por impulso e, normalmente, nos arrependemos das atitudes tomadas impensadamente.

A razão age sobre nós como uma regra disciplinar. Por impulso agimos quase que por instinto, para satisfazermos um desejo e obtermos prazer, sem ponderação. A razão já exige um tempo maior e uma reflexão sobre a melhor escolha para contornarmos uma situação conflitante ou atingirmos um objetivo, sem atropelarmos o curso natural das coisas ou o tempo necessário para realizá-las. Por isso, para evitarmos arrependimentos e situações constrangedoras, o melhor é respirarmos fundo, contarmos até dez e refletirmos sobre as conseqüências que podem trazer uma atitude ou palavras ditas no calor de alguma discussão ou situação incômoda.

Saber lidar com esses conflitos diários exige autoconhecimento e também das regras e costumes de cada contexto, de cada povo e de cada cultura. A razão é regulada, portanto, pelo senso comum. Comportamentos considerados racionais (ou não) mudam de lugar para lugar, de cultura para cultura. Não é uma unanimidade. Hábitos de um povo, de um país, podem ser considerados irracionais em outros. A razão é, portanto, uma questão de “foro cultural”. É um policiamento constante das nossas vontades, necessário para uma convivência harmônica entre os seres humanos.

Mas, como humanos que somos, não podemos deixar que a busca pela excelência da racionalidade nos transforme em seres sem emoção. Ela é o tempero da nossa vida e nos enche de prazer quando somos por ela movidos, desde que comedidamente. Rir, chorar, amar, esbravejar e sentir as diferentes reações que cada momento nos proporciona é o que nos manterá na qualidade de humanos, que levam consigo essa mistura do racional e do emotivo. E se você não se importar com o dia seguinte, faça o que manda o seu coração: “ame e dê vexame”.

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