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luteciaesp

quarta-feira, 2 de junho de 2010

PESSIMISTAS X OTIMISTAS








Comentário geral na cidade o anúncio feito no dia 27 de maio, por Lakshmi Mittal, comandante da Arcelor Mittal, que em Monlevade, nos próximos 2 anos, teremos um investimento de até US$ 1,2 bilhões na duplicação da capacidade de produção de fio máquina da usina, o que irá gerar cerca de 6.000 empregos diretos e indiretos. O aumento do número de funcionários diretos da Usina de Monlevade deve ficar em torno de 300, passando dos atuais 1.300 para 1.600. O restante será mão-de-obra contratada pelas empresas terceirizadas para as obras da duplicação e, posteriormente, quando concluídas, de operacionalização.


Esse projeto de duplicação vinha sendo elaborado mesmo antes da Mittal se fundir com a Arcelor mas, com o agravamento da crise financeira mundial, a ArcelorMittal retardou essa duplicação, que agora será realidade em virtude  da retomada da economia e da demanda por aço no Brasil e em outros países.


Com o anúncio feito e o reinício das obras, otimistas e pessimistas têm opiniões diversas e controvertidas sobre os reflexos que essa expansão trará para a nossa cidade. Para os otimistas, a arrecadação de tributos aumentará consideravelmente a receita do município (cerca de R$26 milhões, pouco mais que 20%), o que resultará no aquecimento do comércio e maiores investimentos públicos.  Já os pessimistas vêem o aumento do número de vagas de emprego como um grande problema, já que, por enquanto, cursos de capacitação não foram ministrados e a mão-de-obra qualificada virá de outras cidades, gerando todo tipo de problema para o poder público nos setores da saúde, educação, meio ambiente, moradia, transporte e segurança.


Se metade desse contingente de 6.000 trabalhadores vier de outras localidades e, se cada um tiver uma família de 3 pessoas, a população da nossa cidade será aumentada em torno de 12% em dois anos. Esse percentual de crescimento da população, em tempos de “normalidade”, levaria 9 anos para acontecer, se compararmos com o crescimento verificado pelo IBGE nesse período, que foi de 1,05% ao ano.


Portanto, entre opiniões otimistas e pessimistas, ficam as perguntas: será que apenas dois anos serão suficientes para preparar a cidade para receber todas essas pessoas? Será que o crescimento de 20% na receita do município será suficiente para atender à demanda das necessidades que essa população terá? Creio que teremos que traçar urgentemente um PEC (Plano Emergencial do Crescimento) pra nossa cidade, em conjunto com todos os segmentos da nossa sociedade, se não quisermos que a visão dos pessimistas seja, em breve, a nossa realidade. Caberá a cada um de nós encontrar a forma para que esse crescimento seja bem vindo e portador de muita prosperidade.

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