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luteciaesp

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Legalizando os assaltos...

"CARTA ABERTA AO...            (um certo banco privado)

Senhores Diretores do ........,

gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc)..

Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante.

Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade. Essa taxa seria cobrado  qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?

Pois é queridos banqueiros, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas.
Tudo por uma questão de equidade e de honestidade. Afinal, os banqueiro são cidadãos tratados como Rei pelo Governo (e todos, sem excessão).

Minha certeza deriva de um raciocínio simples.

Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho.

O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho.Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas.

A primeira,  'taxa de acesso ao pãozinho'. A segunda,  'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'.Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.

Financiei um carro.Ou seja, comprei um produto de seu negócio.Os senhores me cobraram preços de mercado.Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não satisfeitos  me cobraram algumas taxas.

Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito' - equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.Ainda não satisfeitos, para ter acesso ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco.

Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de conta'.Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "papagaios'. para liberar o 'papagaio', alguns gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente embolsado.Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos.Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos 'por dentro'.

Tirei um extrato de minha conta , o  único no mês , e os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00. Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 referente a manutenção da conta. Semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.  A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre. Essa é uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros  mais altos do mundo.  Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'. Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam , muito cordialmente e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria.E , que sua responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc e tal.

E mais ,  tudo o que está sendo conbrado está devidamente dentro da  lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central. Pois é!  Triste saber disso. Triste  saber também que  existem seguros e garantias legais que protegem seu negócio de todo e qualquer risco.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.
Por fim ,  por favor me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
  
ISSO É UMA VERGONHA!!!! CANSEI DE SER ENGANADO!

Precisamos evitar tais ROUBOS LEGALIZADOS !!!!


Essa carta foi escrita por um amigo de um meu amigo do Facebook, sobre o ocorrido em um banco privado, destaque no ranking dos maiores do Brasil.

Um comentário:

  1. Outro dia fui a um bar (com pretensão de ser boate) que me cobrou R$15,00 para somente passar pela portaria. Lá dentro, tive que consumir, minimamente, R$20,00 (gosto de coca-cola). Após as 2:00h da manhã, teve música ao vivo e quem ficou após esse horário ainda pagou mais R$8,00 referente ao courver artístico. Gastei mais uns R$5,00 de gasolina... ENTÃO VOU TAMBÉM ESCREVER UMA CARTA PARA ESSE BAR. Ficar em casa é mais barato.
    Pois é, é incrível como tudo custa dinheiro. Trabalho também num banco, não esse da carta. "Meu" banco oferece uma fantástica estrutura para o cliente, com mais de 5.000 agências no Brasil e no exterior, milhares de terminais de auto atendimento, programas para movimentações pela internet, pelo telefone celular, telefone fixo, funcionando com todo conforto e tecnologia, com mais de 120.000 funcionários qualificados e bem treinados, para atendê-lo com a mesma competência e presteza em quase todas as cidades do Brasil e muitas do exterior.
    No caso do amigo, será que ele pensou que o tal banco fabricou ou "colheu na natureza" aquele dinheiro pra ele comprar o tão sonhado carro?
    Ficaria baratinho não fazer o financiamento e guardar, em casa, durante 60 meses, o equivalente à prestação. Aí era só comprar o carro à vista e pronto. Não precisaria ser assaltado, como disse.

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