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luteciaesp

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Desafiando a BR 381





Polêmica em alguns blogs monlevadenses sobre de quem é a culpa de tantos acidentes na 381. Claro que não é do Prandini e cabe aqui refletirmos sobre a questão: pelo que li na imprensa local, a rodovia foi projetada para um trânsito de 500 veículos/dia e hoje trafegam 45.000. Os veículos daquela época atingiam velocidades menores, assim como o tempo para fazermos nossas atividades parecia também correr numa velocidade menor que a de hoje e fazia com que não tivéssemos tanta pressa para realizá-las.

Vou sempre a Belo Horizonte e, com meu golzinho 1000, às vezes tenho que frear para não ultrapassar os 80 km/hora permitidos. Confesso que é difícil ficar controlando o velocímetro. Os carros que passam por mim estão em velocidade muito maior e, inobservadamente, acabo acompanhando o ritmo dos mais potentes. Quando percebo, o ponteiro do velocímetro já está batendo nos 100, 110 km/h e os outros carros  vão sumindo na minha frente.

Há pouco tempo, um senhor em um Astra, me ultrapassou num lugar meio esquisito e desapareceu.  Daí a pouco, lá estava eu atrás dele e de três caminhões. Assim que surgiu uma brechinha, numa curva e na faixa contínua, lá se foi o Astra, ultrapassando caminhão por caminhão e se enfiando no meio deles a cada ultrapassagem. Correu, correu, ultrapassou em faixas contínuas, em curvas e, quando parei no Cinco Estrelas pra tomar um cafezinho, estacionei junto com ele.  Não resisti e comentei que o observava na estrada e que ele se arriscava muito. Ele, então, respondeu-me que conhecia a estrada como a palma de sua mão e que sabia onde podia correr e ultrapassar, sem perigo. Retruquei que não corri, não fiz ultrapassagens perigosas e chegamos juntos. E isso é o que acontece. O IML está sempre recebendo o corpo de alguém que conhecia muito bem a estrada e sabia o que estava fazendo. Só não contava que, no sentido oposto, vinha alguém que também confiava que ele soubesse.

Temos uma rodovia com capacidade de tráfego saturada, motoristas inconseqüentes, imprimindo velocidade incompatível com a topografia da estrada, caminhões com carga superior à suportada por seus eixos e uma promessa de duplicação para conclusão somente em 2015.  Portanto, se o ser pensante nessa hostória toda é o homem, e se ele é o único a ter consciência da sua finitude, que ele cuide para que o seu fim não seja na 381. Penso que, por enquanto, nada além podemos fazer. Assim, todos os blogueiros têm razão. Está tudo errado nesse trecho!

Desejo uma ótima semana a todos.




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